segunda-feira, 10 de março de 2008
Sound In Print
Uma das seções da RayGun é a Sound In Print (algo como o som impresso) em que artistas enviam imagens que remetem a músicas. Esta é uma pintura feita Bob Tillery (hungry dog) por para a música Ain't no right, do Janes Addiction.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Deu Branco
Uma característica inquietante do layout das páginas da Ray Gun é o modo de lidar com o espaço em branco que resulta do modo não convencional de lidar com diagramação de texto e imagens.
Se por um lado, os softwares de editoração podem tornar o trabalho do designer gráfico mais mecanizado e preciso, permitindo criação de estilos e alto nível de controle de alinhamentos na grade de diagramação, permitem também um alto grau de artesania dentro das propriedades do texto. Explorar diversos tipos de alinhamento, tamanhos e famílias de letra, espacejamentos, entrelinhas, etc., tudo numa mesma página dupla. David Carson transforma uma página dupla comum num playground para os olhos que lêem. Os espaços em branco, da cor original do papel, que até então só era usado para estruturar a página e desaparecer entre as colunas de texto e molduras de fotos, passa a ser um novo integrante da página, com peso, força compositiva e, surpreendentemente, interesse visual.
Nesta página vemos experimentações que podem magoar um colega de trabalho. Linhas longuíssimas e desalinhadas ou colunas curtas em locais impróprios. Não faço idéia sobre como David Carson convenceu o autor do texto de que o fato de colocar seu produto intelectual de algumas horas bem no centro da encadernação, dividindo as palavras ao meio, desconjuntando-as um pouquinho, pois nunca se consegue registro perfeito neste tipo de coisa, não iria prejudicá-lo. Na minha opinião, seu argumento segue a idéia de que se o leitor quiser realmente ler, fará o esforço para tal (que nem é tão grande assim nesta página, há casos piores em outras edições).
Se por um lado, os softwares de editoração podem tornar o trabalho do designer gráfico mais mecanizado e preciso, permitindo criação de estilos e alto nível de controle de alinhamentos na grade de diagramação, permitem também um alto grau de artesania dentro das propriedades do texto. Explorar diversos tipos de alinhamento, tamanhos e famílias de letra, espacejamentos, entrelinhas, etc., tudo numa mesma página dupla. David Carson transforma uma página dupla comum num playground para os olhos que lêem. Os espaços em branco, da cor original do papel, que até então só era usado para estruturar a página e desaparecer entre as colunas de texto e molduras de fotos, passa a ser um novo integrante da página, com peso, força compositiva e, surpreendentemente, interesse visual.
Nesta página vemos experimentações que podem magoar um colega de trabalho. Linhas longuíssimas e desalinhadas ou colunas curtas em locais impróprios. Não faço idéia sobre como David Carson convenceu o autor do texto de que o fato de colocar seu produto intelectual de algumas horas bem no centro da encadernação, dividindo as palavras ao meio, desconjuntando-as um pouquinho, pois nunca se consegue registro perfeito neste tipo de coisa, não iria prejudicá-lo. Na minha opinião, seu argumento segue a idéia de que se o leitor quiser realmente ler, fará o esforço para tal (que nem é tão grande assim nesta página, há casos piores em outras edições).
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